Há sol na rua
Gosto do sol mas não da rua
Portanto fico em casa
Esperando que o mundo venha
Com suas torres douradas
E suas cascatas brancas
Com suas vozes de lágrimas
E as canções das pessoas alegres
Ou pagas para cantar
E à noitinha chega um momento
Em que a rua se torna outra coisa
E desaparece sob a plumagem
De noite repleta de talvez
E dos sonhos dos que estão mortos
Então desço à rua
Que se estende até a aurora
Bem perto, uma fumaça se espreguiça
E caminho em meio à água seca
Água áspera da noite fresca
O sol não demora a voltar.
Boris Vian (tradução de Ruy Proença)
posted by abelha maia @ 7/06/2006 09:53:00 da manhã
Há sol na rua
Gosto do sol mas não da rua
Portanto fico em casa
Esperando que o mundo venha
Com suas torres douradas
E suas cascatas brancas
Com suas vozes de lágrimas
E as canções das pessoas alegres
Ou pagas para cantar
E à noitinha chega um momento
Em que a rua se torna outra coisa
E desaparece sob a plumagem
De noite repleta de talvez
E dos sonhos dos que estão mortos
Então desço à rua
Que se estende até a aurora
Bem perto, uma fumaça se espreguiça
E caminho em meio à água seca
Água áspera da noite fresca
O sol não demora a voltar.
Boris Vian (tradução de Ruy Proença)