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maio 12, 2006
Fronteiras


A linha que separa a liberdade e o respeito por cada indivíduo da indiferença e despreocupação face ao universo de cada um de nós é muito ténue e nem sempre somos capazes de a distinguir.
A opção mais defensável é o respeito pelas liberdades individuais, como elemento essencial à socialização do ser humano, pelo menos a uma saudável socialização, mas a capacidade de respeitar o outro e o seu espaço na medida certa é difícil.
Será a medida certa a participação activa ou, pelo contrário, a medida certa será sempre um qualquer acto contido e tímido na esperança de nunca, à boa maneira portuguesa, "meter a foice em seara alheia"?
Facilmente somos tentados por um de dois extremos: tornarmo-nos verdadeiros bisbilhoteiros com acesso directo à categoria de beato do grupo ou egocêntricos, frios e distantes.
Claro que tudo depende do grau de intimidade que mantemos com os nossos pares mas mesmo assim há fronteiras a delimitar a intimidade de cada um, que só podemos atravessar a convite explícito ou plenamente conscientes da influencia que poderemos passar a exercer.