As emoções são uns seres que habitam debaixo da nossa pele e que de vez em quando, por uma qualquer reacção, querem sair para fora do nosso corpo.

Precisam de ser alimentadas diariamente através de um mecanismo em muito semelhante ao das plantas - a fotosíntese é provocada pela luz do sol - mas, simultaneamente, temos de as vigiar, não vão elas querer sair e não mais voltar.

Muitas coisas nos emocionam: um pôr do sol, umas gargalhadas, um cheiro a Verão num fim de tarde, um som, uma música...

Não consigo imaginar a vida sem música, nem sequer num qualquer mundo novo, por mais admirável que ele seja. A música leva-nos a experimentar os mais variados estados de alma.

Isto tudo para dizer que o piano do Wim Mertens é tocado com emoção, num prazer que transborda dos seus dedos para cada tecla e, através de cada nota, de cada som que nos invade pelos poros, nos sentimos tocados em todo o corpo. É como se os nossos sentidos implodissem.

Alimenta-nos a alma.

Vai estrear na próxima semana, em terras lusas, o documentário de um realizador francês sobre os pinguins imperadores. Este documentário tem sido apelidado de genial e tem deixado toda a gente boquiaberta nos EUA e na Europa, sendo já o mais visto depois do Farenheit 9/11.

Talvez o ser humano ande a precisar de inspiração para a manutenção da espécie.

Quero ver!!!

Deixa-me boquiaberta a actualidade destas afirmações:

“Two great European narcotics: alcohol and Christianity”

“In heaven all interesting people are missing”.

“Faith: not wanting to know what is true”.

“There are no facts, only interpretations”.

“The Earth has a skin and the skin has diseases, one of those diseases is man”.

“He who cannot obey himself will be commanded. That is the nature of living creatures”.

Frederic Nietzsche

Vi os Edukadores e gostei!

Gostei do simbolismo, da mensagem e, sobretudo, do retrato que faz da juventude europeia.

Paira um sentimento de mudança de consciências embora algo desorganizado e disperso. Se há alguns anos atrás nos chamaram "geração rasca", mais do que nunca acho que a actual geração está à rasca por um futuro.

A ideia central do filme é edukar os mais ricos e fazem-no da forma mais original: invadem-lhes as casas, redecoram-nas totalmente, sem roubar nada, e ilustram as suas acções com frases escritas nas paredes: "Os vossos dias de abundância estão contados!" e "É preciso redistribuir a riqueza do mundo!" Atacam os seus opositores naquilo que esles têm de mais precioso: a segurança.

Podemos considerá-los os novos pacifistas, os novos adeptos da não violência, a nova consciência social global.

Quando decidem edukar um milionário, que exige a uma das personagens o pagamento de uma prestação mensal (igual a todo o seu rendimento), algo corre mal e acabam por raptá-lo. Mais tarde descobrem tratar-se de um ex-reaccionário do Maio de 68 agora convertido ao capital e aos milhares de euros que ganha mas que o mantêm refém de um dia-a-dia que o escraviza em rotinas e que o impede de usufruir tudo aquilo que possui.

E aqui está quanto a mim a questão central: um homem que "cresceu" e que abandonou as suas convicções, deixando-se corromper por tudo aquilo que criticava e combatia e um grupo de 3 jovens rebeldes, com convicções fortes e activos na defesa das mesmas mas que, possivelmente, um dia também vão "crescer".

Gosto mesmo de viajar (para fora ou cá dentro), sair sem destino, descobrir, conhecer novos sítios, novos hábitos e costumes mas, principalmente, novas pessoas...

Gosto do chamado turismo pé descalço por achar que quanto mais abertos aos costumes de um país estivermos, melhor o conhecemos e captamos a sua essência.

Não é concerteza enclausurados num qualquer resort de luxo, por mais paradisíaco que seja, que ficamos a conhecer qualquer destino e a fazer, momentaneamente, parte dele.

Em muitas viagens cruzei-me com a simplicidade, o sorriso e a generosidade de muitas pessoas, prontas a ajudar um perfeito desconhecido sem esperar nada em troca e é isso que guardarei para sempre.

Claro que a generosidade varia consoante o destino mas não resisto a comparar os desconhecidos que me oferecem o seu sorriso com o pretenciosismo de muitas daquelas pessoas com quem me cruzo todos os dias e raramente me lembro delas.

Aconteceu o que menos se esperava!!!!

O Prof.Cavaco Silva decidiu avançar com a candidatura a Belém!!

Fiquei mesmo espantada, quem diria?????

Foi uma lufada de ar fresco na política nacional.

Sinto mesmo que a crise económica já está em vias de resolução e a fraude e a evasão fiscais têm os dias contados! Sim, com o professor não se brinca e se há alguém que sabe fazer contas é ele!!!

E já ganhou, nem sei se valerá a pena o acto eleitoral, bastava-nos esta candidatura de alguém que não se resigna à situação do país! E as medidas de fundo que anunciou? Agora é que o nosso país vai sair desta estagnação e ultrapassar as milhentas crises em que está mergulhado, sim que o progresso está já à espera para, em Janeiro, nos bater à porta.

Afinal andámos enganados! Esperámos D. Sebastião vindo do nevoeiro quando, afinal, era tudo muito mais simples e a solução que buscámos durante séculos esteve sempre ao nosso lado sem a vermos.

...andamos mesmo distraídos, deve ser do nevoeiro!

"Internautas de todo o planeta, conectai-vos.”

Eh! Eh! Eh! Li esta frase e pensei: coitado do Marx deve estar às voltas a pensar que com esta é que os sacanas dos capitalistas o tramaram!

Poderia ser o grande salto económico mundial, europeu ou, melhor ainda, português…mas não! É o título do último livro do Nick Hornby e o primeiro que li deste autor.

Conta-nos a estória de 5 pessoas – ou 5 estórias - que têm passados e presentes completamente assimétricos mas que se encontram num mesmo estado emocional e decidem dar o grande salto para um vazio qualquer, que lhes parece bem melhor do que as suas próprias vidas ou, em alguns casos, a ausência delas.

É num estilo que roça a tragicomédia, com contornos surpreendentes mas tão próximos de cada um de nós, que Nick (acho que ele não se deve importar que o chame assim) nos leva, com um salto na nossa imaginação, a tocar tão perto as nossas frustrações, os nossos desejos e aquilo que, efectivamente, está na nossa mão mudar em cada um de nós e na nossa vida e que por vezes não é tão difícil como parece.

Ah! Quanto ao salto, o melhor é lerem livro...

Bem, esta merece um estudo sociológico!

Um inovador clube de vídeo, pelo sistema de alugueres que utiliza, localizado um bairro típico do coração da nossa capital, inaugurado há uns 3 meses, teve como o melhor dia de sempre o das ...eleições autárquicas!!!!

Mas alguém me consegue explicar que país é este???

Gosto muito de muitas coisas, acho mesmo que de uma infinidade de coisas.

São coisas que me deixam boquiaberta, quando as vejo ou revejo.

O que para mim é intrigante, além da quantidade, é que algumas delas têm muito pouco ou mesmo nada em comum.

É por isso que este blog fala das coisas que me deixam boquiaberta mas é essencialmente um blog aberto a muitos, muitos temas.